Crise no setor aéreo já é superior à de 2001 com o 11 de setembro, de 2003 com a SARS, e de 2008 com o abalo econômico dos títulos subprime
A capacidade global do setor aéreo sofreu uma redução de 59% na primeira semana de abril, impactada pela crise desencadeada pelo alcance do Covid-19. O encolhimento é três vezes superior à queda registrada no setor aéreo dos EUA após ataques terroristas em 11 de setembro de 2001, segundo análise da consultoria Oliver Wyman. O levantamento aponta que a crise no setor já é muito superior à de 2001 com o 11 de setembro, 2003 com a SARS, e 2008 com o abalo econômico dos títulos subprime.
Na análise comparativa por região, a queda do setor é ainda mais acentuada na América Latina, com redução de 73% na malha aérea, na Europa com 74% e na Oceania com 70%. No Brasil particularmente, foram reduzidos 92% dos voos e 56% dos destinos, e hoje as três principais empresas aéreas (Azul, Gol e Latam) operam de maneira coordenada apenas uma malha considerada essencial para 46 destinos (27 capitais e 19 cidades) visando manter níveis mínimos de integração do país.
De acordo com o relatório, sem medidas governamentais de estímulo e incentivo ao setor é improvável que mesmo essa malha se sustente. A principal causa desta crise global que atinge as companhias aéreas é a restrição de mobilidade imposta por mais de 200 países com casos confirmados do novo coronavírus que, por sua vez, resultou na queda massiva da demanda dos consumidores. Além de incerteza do período de volta à normalidade, tiveram muitos casos de cancelamentos e reagendamento de reservas. Muitas empresas enfrentam pressões financeiras extremas e são forçadas às reduções de capacidade nunca vistas antes.
Mais informações sobre o relatório Covid-19 e a Turbulência na Aviação Comercial, acesse: http://projetosconteudo.com.br/PDF/COVID-19_e_a_Turbulencia_na_Aviacao_Comercial.pdf